13.11.17

Louvor e simplificação do SNS, bis

Faço elogios desabridos ao meu médico de família e por extensão (ou por sinédoque, para os meus colegas de pedantismo) ao SNS.

Errado. O meu querido médico não é o SNS e o SNS não se reduz ao Dr. J. R. Há mais de duas semanas que esperava uma consulta no hospital de Cascais. Primeiro ponto: telefono e respondem-me imediatamente. Segundo: explico ao senhor que me atendeu o que me leva a telefonar-lhe. Ele ouve-me com toda a paciência do mundo (é preciso muita, eu conheço-me) e no fim pergunta-me o nome. (Tecla. Oiço o barulho das teclas. O senhor deu provas de um auto-domínio notável) e sem me passar a duzentos outros números, todos eles ou ocupados ou surdos diz-me:
- O senhor Luís está à espera da triagem. - Passo por cima do desgosto que tenho em ser tratado por senhor Luís. A culpa não é dele.
- Imagino perfeitamente que estou à espera de qualquer coisa. Mas talvez tenha percebido que a razão deste telefone é exactamente eu não querer esperar mais. Já esperei o suficiente.
- Pois, mas...
- Não é nem pois nem mas. Estou a perder o uso do braço direito (não é infelizmente um grande exagero. É só uma pequeníssima hipérbole).

Passo o resto do diálogo. Foi breve. Consulta sexta-feira feira que vem de manhã.

Espera, o que é que estava a dizer sobre o SNS? Agora de repente escapa-me.

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