11.6.17

Diário de Bordos - Tavira, Algarve, Portugal, 11-06-2017

Puxo a Peregrinatio ad loca memoria um bocadinho mais longe e venho a Tavira, onde estive pela última (e primeira) vez em 1975.

Calor, vento, pouca gente nas ruas bonitas (não vi outras). Peço sugestões para almoço a um chauffeur de táxi. Dá-me dois nomes de restaurantes, ambos fechados. Baseado neles pergunto por uma alternativa. Zeca da Bica, Rua Almirante Cândido dos Reis, 22.

Encerra à quarta-feira, dia em que os outros dois estão abertos, provavelmente. Escrevo antes do teste final, mas até agora a coisa corresponde: vinho na fronteira entre o medíocre mais e o suficiente menos mas mais perto do menos do que do mais; sopa de peixe entre o bom e o bom mais. Vamos (eu e eu) ver como estão as amêijoas à Pato. Serviço eficaz e português: reservado, sem flores nem vénias.

Depois do almoço (que espero se prolongue até depois do adeus, digo, calor) vou passear pela cidade, da qual não recordo rigorosamente nada excepto os grandes corredores do convento ou mosteiro onde fiquei.

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As amêijoas tinham duas qualidades que frequentemente se excluem: estavam óptimas e eram muitas. O restaurante Zeca da Bica é recomendável e recomendado.

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Há pessoas que não gostam do calor. De certa forma compreendo-as: precisam de lutar, não sabem (ou não querem) deixar-se escorregar na inclinação das horas.

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O almoço acaba com um Colonel. A ser rigoroso devia se despromovido. Mas não sou e fico satisfeito. Que se lixe o rigor. É coisa para dias frios, tristes ou de trabalho.

Hoje não há nada disso e o guichê das queixas está fechado.

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