16.8.16

Diário de Bordos - Ferragudo, Algarve, Portugal, 16-08-2016

Pergunto-me se não seria melhor vender o computador portátil e com o dinheiro comprar um telefone igualmente portátil  (ou mais) que não se avarie.

A pergunta é retórica  (ia dizer portátil), claro: os telefones avariam-se menos mas estão sempre debaixo de água ou sem bateria ou sem saldo.

Assim que chegar a Lisboa mando reparar o coiso. Já sei que me espera uma vida comum cheia de incompreensões mútuas. Isto não engana: ou vai bem de início ou nunca.

Paciência. Vou manter-me fiel à Asus. Depois se verá, como dizia o marido.

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Sublime fim de tarde em Ferragudo, com a Lua quase cheia, eu quase apaziguado numa tasca enquanto espero pela mesa no Velho Novo (ou Novo Velho? Não sei. É excelente! ) Estou no único café que vi até agora aqui no Algarve que não tem um único turista. Um, para amostra. Nicles. Zero. Pas un.

Não tenho nada contra os turistas, note-se, muito antes bem pelo contrário.

Mas um sítio assim faz-me sentir antes da guerra.

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Quinta-feira estou em Lisboa. Para compensar aceitei um pequeno trabalho em Inglaterra, dois ou três dias.

Os que não trabalhei aqui.

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Vou gostar de vir aqui no Inverno. É a diferença entre um sítio deserto e um outro abandonado.


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