5.6.15

Diário de Bordos - Isla San Andrés, Colômbia, 05-06-2015

Uma piada antiga conta a história de um gajo que às três da manhã acorda com o telefone a tocar.
- Desculpe-me telefonar a esta hora, mas é muito urgente. O Charlie está, por favor?
- Aqui não mora nenhum Charlie!!!!!

Uma hora depois o telefone toca outra vez.
- Peço-lhe uma vez mais desculpa, mas é verdadeiramente urgente. O Charlie já chegou?
- Seu filho da puta, já lhe disse que aqui não mora nenhum Charlie. Não volte a telefonar-me. Isto não são horas de ligar a ninguém, seu cabrão!!!!!

Meia hora depois o telefone, outra vez. Uma voz jovial diz:
- Bom dia. Aqui é o Charlie. Alguém telefonou para mim?

Sinto-me como o senhor que recebeu estes telefonemas todos. As peças que deviam ter saído da Alemanha há dois dias ainda lá estão. Ainda não saíram do fornecedor, sequer. Foi com esta notícia que hoje acordei.

Não há Charlie na casa, mas deve haver um Charlot à solta na UPS. Ou muitos, não sei.

Os psicoterapeutas, psicanalistas e psico-coisos deviam considerar seriamente a Mount Gay-terapia. Ou Abuelo-terapia. Ou Flor de Caña. Ou seja o que for, desde que feito com açúcar destilado.

A próxima vez que alguém me propuser um trabalho com um salário reduzido vou lembrar-me disto. A menos, claro, que as terapias acima funcionem.

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