6.5.15

Diário de Bordos - Almirante, Bocas del Toro, Panamá, 06-05'2015

Fiz uma breve pesquisa na net à procura da origem da expressão You can't win, Charlie Brown. Não encontrei. Deve ter sido alguma estadia de Schultz no Panamá.

Largámos de Red Frog Marina e viemos para Almirante fazer bancas (o combustível é muito mais barato aqui do que em Bocas), comprar mantimentos (idem) e sobretudo, buscar a balsa. A ideia inicial era fazer isso tudo e sair ao fim do dia.

Porém no Panamá há uma diferença abismal entre a ideia inicial e o que de facto acontece. O certificado de inspecção chegara. A balsa não.

Passámos a noite no posto de gasóleo e hoje fui buscá-la. Já está a bordo. Bancas feitas e mantimentos quase, só falta o zarpe como potencial fonte de surpresas.

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A reparação no tanque de água não resultou. Não era bem uma reparação, e aquilo só é um tanque de água porque algumas palavras não mudam consoante a idade ou o estado do que designam. O tanque está muito para lá da fase terminal. Em Kingston vou laminá-lo. Enfim, los. Há dois. O primeiro já estava fora de uso, mas já que faço um faço dois.

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Almirante, dizem P. e A. que aqui moraram é o Panamá real. Não sei se é. É, vejo-o, sujo e miserável; e é pena, porque o sítio podia ser lindo, com esta água toda por todo o lado e este fundo de montanhas que ora se vêem perfeitamente ora estão envolvidas numa neblina densa, um quase nevoeiro, como se quisesse seduzir-nos - coisa que devo reconhecer no meu caso conseguiu plenamente -.

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