11.7.13

Diário de bordos - Cidade do Panamá, Panamá, 11-07-2013 / II

O interior do hospital corresponde ao exterior.

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Atirei-me ao exercício com um bocadinho de demasiada energia, parece. Subir quatro andares a correr é muito. Humm, não sei. A ver vamos, quando o puder fazer outra vez.

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Hoje limpámos o fundo ao Artie. Enfim, limpou o mergulhador. Eu nem morto quero ir para dentro desta água. Não vou acreditar, quando me apanhar nas Perlas. Gosto da cidade e gosto (medianamente) desta; mas preciso de mar.

A tristeza dissolve-se melhor na água do mar do que no alcatrão.

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Sobretudo neste. A minha irreprimível tentação pedagógica tem um novo alvo: ensinar aos condutores de Panamá para que servem as passagens de peões. Eu compreendo que seja um chato para eles; a avenida do hospital está em muito bom estado, tem quatro faixas (mais duas onde os carros estacionam) é longa e não tem sinais.

Não tem sinais mas tem passagens de peões, que é quase a mesma coisa. Tenho uma certa prática porque já fiz isto em Lisboa, muitas vezes, quando os nossos condutores ainda pensavam que as passagens de peões são para os estrangeiros, na terra deles.

Eu sou estrangeiro, é certo; mas esta é a minha terra, enquanto cá viver. E quero usufruir das passagens em paz. Enfim, por enquanto paz não é a palavra adequada. Tenho mais do que a minha dose quotidiana de adrenalina. Mas estou mesmo ao lado do hospital; se voltar a ser ter um carro mais teimoso e com menos reflexos não demoro muito tempo a chegar a quem me trate.

O do outro dia era teimoso, mais do que a maioria dos automobilistas. Mas menos do que eu. Deve ter apanhado um bom susto. Estava branquinho, quando me voltei para trás para lhe agradecer ter parado.

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