24.9.11

Rita

E depois, Rita? Ris-te muito? Ri-te, Rita.

Falas-me nos broches que me fazias, nas punhetas que me batias, nas carícias, nos futuros que me prometias? Ri-te, Rita, que eu rio-me também. Que se fodam os futuros, meu amor. Não passam de espuma do presente, ou de espuma tout court, nem presente nem de ontem. Que se fodam, minha querida Rita, os futuros. Não passam de uma pila falível. Podes lambê-los, chupá-los, mordiscá-los - mas nunca passarão disso.

Contenta-te, minha querida, com o que tens: uma pila e alguns sonhos inábeis. O resto não passa de fantasias.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.