9.8.11

Luz

A luz escorre por ti; descubro que a luz sou eu. Nos dedos o sol a tua pele o rio no membro e nos teus seios a ponte, como se fôssemos um. No jardim apareces-me, magnífica mentira, sorridente como os dias sem amanhã, sem ontem. És leve e sem bagagem - nem as nuvens, coitadas. Mas somos feitos de ontens, e fazemos amanhãs. Hoje é uma ilusão de óptica, bengala de cegos nos passeios do tempo. Hoje és tu, e eu; amanhã seremos, serenos.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.