2.12.10

Mundos paralelos, vidas

No outro dia estava a jantar com uma senhora que explicava, com cara de quem realmente se preocupa com a saúde mental da população em geral, que um ciclone não é nada do outro mundo: "fica-se em casa a beber champagne e espera-se que passe; no dia seguinte há um bocado de areia na piscina e muitos ramos de árvores partidos".

Hoje, depois de uma estadia de quase duas semanas numa embarcação de luxo, com equipamentos que só conhecia de ouvir falar (para não dizer "dos livros de ficção científica") estou num quarto de hotel em Grenada, que é, digamos - como dizer? - fraco.

Entretanto, os mosquitos vão-se banqueteando com os betas que bebi em Antigua, e a previsão do meu site favorito para a viagem faz-me pensar que vou acabá-la com pouco vento. O que é chato porque o Lavezzi 40 parece-me um chaço.

Isto dito, Grenada parece-me bastante simpático como país - se bem tudo deva parecer simpático, depois de St. Martin (qualquer dia estou lá, outra vez). Os mosquitos provocam um inchaço como há muito tempo não vejo; parecem bossas de camelo. A continuar assim vou ter que pôr repelente.

Tenho pensado muito no J. e no M. Pergunto-me porque não me ofendo com o seu racismo abjecto. A verdade é que não gosto deles o suficiente para sentir necessidade de dizer qualquer coisa. Não os vi, em St. Martin.

As vidas estão cheias destas pequenas coisas sem importância.

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