3.12.10

Salsichas e arrependimentos

Eu pecador me confesso (mas não me arrependo nadinha de nada): a sopa de callaloo foi, tardia e recentemente, complementada por bratwürst mit kartoffelsalat.

Vim passear para a zona ribeirinha, mas está a e não pára de chover e encontrei um café alemão do qual o húngaro do Sol City me tinha falado e como a sopa só tinha coisas verdes e brancas (se há carne que execro e na qual não toco é a de peru) deixei-me tentar, com uma facilidade desconcertante, forçoso é reconhecer. Devo dizer que a kartoffelsalat mit bratwürst foi um aconchego ideal à sopa, como um beijo depois do amor, se for levezinho.

O pior é que é Natal e tenho a vinte metros uma porra de uma aparelhagem a debitar uma espécie de reggae cum cânticos de Natal, não sei se isto faz sentido a mim não faz e o barulho é uma merda e só apetece gritar fuck Christmas, fuck Christmas mas não grito porque não estou na minha terra nem no meu Natal. Não estou em terra nenhuma, aliás, a falar com a alemoa para saber como são os negócios por aqui.

O casal de teutões é demasiado meloso para o meu gosto - é disso que não gosto nos alemães que vivem no estrangeiro, esforçam-se demasiado para ficar como os indígenas e acabam como caricaturas tanto dos alemães que são como dos indígenas que tentam desgraçadamente imitar.

É preciso confessar: o tempo está uma merda, não pára de chover. O sol foi para Cancún, aposto. A música e a chuva estão para ficar.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.