27.5.09

Nós e eles; ou: contrição

À medida que acumulo quilómetros e diferentes trajectos de bicicleta vou começando a perceber duas ou três coisas. Uma delas é a razão que assiste aos automobilistas, que buzinam à menor infracçãozita daquelas inócuas que todos os ciclistas em qualquer parte do mundo cometem.

Eu percebo, e acho legítimo: afinal, em Lisboa os automobilistas não cometem infracções nenhumas, sejam elas inócuas ou mais graves; não estacionam em cima dos passeios, não passam com o sinal encarnado, são atentos e respeitam todos os outros utilizadores do espaço público. É portanto compreensível que à mais pequena coisa que nós, ciclistas, façamos eles buzinem desvairadamente.

E eu faço um acto de contrição, cada vez que »respondo« à buzinadela.

3 comentários:

  1. A maior parte das buzinadelas não são protestos, Luís, mas afirmações de poder. As que eu recebo são-no, indubitavelmente. E como é que lhes responde, Luís, às buzinadelas? Espero que os seus actos de contrição não sejam pelas infracçõezitas inócuas que comete, mas pelas respostas que dá. ;-D

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  2. Os actos de contrição, Luísa, são pelas respostas que dou - infelizmente não tão frequentes quanto deviam ser. Restos decerto de uma educação rigidíssima, pobre de mim (a mesma que me impede de reproduzir aqui as respostas, veja lá até onde vão a rigidez e a influência da mamã).

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  3. Que pena, Luís! Eu que ando tão precisada de algum conselho na matéria. ;-D

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.