3.3.09

O tempo do amor

De certa forma, o amor é uma permanente assincronia: com o nosso actual parceiro tentamos corrigir os erros que cometemos com o anterior (andamos sempre um amor atrasados...). E amar alguém não é na realidade amar o que é, mas o que vai ser: o que será o futuro, o que o será o ser amado, o que serão os dois juntos. Amamos o que pensamos que vamos descobrir, enquanto o descobrimos - e deixamos de amar (porque o amor acaba, não porque o queiramos) quando pensamos que nada mais há a descobrir.

O tempo do amor é o futuro, sempre; e o passado, às vezes - naqueles casos, tão raros, em que o amor morreu sem surpresas, sem dor, sem futuro.

(Com uma vénia a esta senhora)

1 comentário:

  1. não, nao amar é amar o outro como ele é. Se amamos o que le pode vir a ser estamos a projectar o desejo do que é bom para nós que ele venha a ser. Não é amor é egoísmo

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.