19.2.08

Serviço público - restaurantes

A quem, como eu, é obrigado a jantar todos os dias fora de casa (e não pode ir mais do que três vezes por semana ao Gambrinus, mesmo assim já com um bocadinho de sacrifício) a procura quotidiana de um restaurante para jantar desenvolve capacidades e sensibilidades que datam, penso, do nosso tempo de caçadores-colhedores.

Tornamo-nos atentos aos mais pequenos sinais. Um desses indicadores, inequívoco, de um restaurante no qual a relação qualidade - preço é indubitavelmente favorável ao cliente é a presença de velhinhos (se estiverem vestidos decentemente, ainda melhor).

(Devo reconhecer que, já perto do fim do jantar, dois senhores com o uniforme da construção civil beberam as suas cervejas pela garrafa, em vez de, como seria recomendável, por um copo. Tal é a força do preconceito: se já lá estivessem quando cheguei à porta, talvez não tivesse entrado).

Que importa? O jantar estava magnífico, e o restaurante tem, para além de velhinhos e velhinhas vestidos decentemente, uns azulejos simpáticos, preços mais do que correctos e uma qualidade acima da média do segmento. Quando for velhinho, vou vestir-me assim, para atrair os e as clientes mais jovens aos meus lugares favoritos.

Restaurante Alvarino, Rua do Sol ao Rato 3, tel. 213 887 141.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.