3.8.07

Nunca mais, ou O Martelo do Tempo

Um dia saí de La Chaux-de-Fonds acompanhado por uma jovem, bonita e muito burra senhora. Das duas primeiras qualidades apercebi-me rapidamente; da última demorei um bocadinho mais.

Íamos para a Grécia, era Fevereiro e em la Chaux-de-Fonds tinha nevado como há muito não se via (nessa altura, os jornais alertavam-nos para o arrefecimento terrestre, e provavelmente por causa disso fazia um frio de rachar).

Chegámos a Atenas no dia seguinte a um grande tremor de terra que lá houve, por volta de 81 ou 83, não me lembro com exactidão. Lembro-me contudo perfeitamente que a jovem passava as noites a acordar-me por causa dos "tremores de terra"; e eu respondia-lhe, invariavelmente, "cala-te e dorme".

Eu quero deixar aqui bem expresso, claro, explícito que nunca, nunca mais, nunca nunca mais, direi a senhoras, sejam elas jovens, menos burras ou mais, "cala-te e dorme". Nunca mais.

PS - Foi em 1981.

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