19.12.04

Descrição - II

Mas não passava de um anjo que, um dia, veio à porta do paraíso ver como era o mundo cá em baixo; debruçou-se demais, ou tropeçou, vá saber-se, e desde aí não pára de cair.

De nuvem em nuvem, cada vez menos nuvem, cada vez mais baixo. O olhar inicial, que era de espanto, transformou-se. O optmismo despreocupado deu lugar a um optimismo desesperado - ela não conhecia outra atitude perante a vida, o pessimismo, ou o realismo.

Uma queda é sempre espantosa, surpreendente. Uma sucessão de quedas não.

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